Aurea Negromonte
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Áurea Negromonte

Entre mães de bebês com microcefalia, há quem creia que Áurea é um anjo da guarda que circula – falante – por aí.

Beca Nascimento
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Beca Nascimento

Ao abrir os olhinhos da ingenuidade dos porquês, Ester resolveu perguntar a ausência de bonecas negras no comércio.

Beth Queiroz
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Beth Queiroz

Um sequestro relâmpago mudou a vida da técnica de enfermagem UTIs Neonatal Beth Queiroz.

Brenda Coelho
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Brenda Coelho

A chegada de Anabel, uma bebê que nasceu com limitações, foi para esta mãe um desabrochar ensolarado.

Daniele Santos
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Daniele Santos

É a mãe dos novos tempos, preocupada com os outros. Em 2015, teve Juan Pedro, diagnosticado com microcefalia após a epidemia do Zika Vírus.

Daniella Brito
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Daniella Brito

Uma mãe de muitos filhos. Madrasta que virou mãe da filha do ex-marido, órfã desde pequena que preferiu ficar no Recife com a família Brito a voltar para São Paulo quando o casal foi desfeito.

Dôra Santiago
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Dôra Santiago

A gestação do filho Osmarzinho, para Dôra, “foi um milagre” que ela afirma comemorar até hoje.

Jakyele Afonso
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Jakyele Afonso

Em uma rua na zona Sul do Recife, tinha uma mãe humilde aflita para doar uma bebê.

Libânia Medeiros
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Libânia Medeiros

Ao falar dos bebês nascidos pelas suas mãos, Libânia prefere usar o verbo “receber”.

Luciana Martins
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Luciana Martins

Casada, houve dias que a cobrança da sociedade a fez se sentir menos mulher por não engravidar. Buscou, então, um especialista para ajudá-la.

Maria Alves Cândido
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Maria Alves Cândido

Um dia, ela e os irmãos viram-se órfãos de uma mãe viva, que os deixou. Cresceu com o colo da avó paterna e do pai.

Maria de Lourdes dos Santos
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Maria de Lourdes dos Santos

Casada, houve dias que a cobrança da sociedade a fez se sentir menos mulher por não engravidar. Buscou, então, um especialista para ajudá-la.

Monique Cabral
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Monique Cabral

Ela acha que o filho é um pequeno herói. Veio para salvá-la. Crescido, Francisco dará sua versão.

Patrícia Pontual
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Patrícia Pontual

Desde menina, a única certeza que Patrícia tinha na vida era esta: a de querer ser mãe um dia.

Rosa Maria da Fonseca
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Rosa Maria da Fonseca

Aos 55 anos, resolveu prestar vestibular para pedagogia, como sempre quis. Era cerceada pelo machismo até então.

Severina Barros
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Severina Barros

Aos domingos, faz questão de reunir filhos e netos para comer sua tradicional galinha de capoeira. Aos 80 anos e ativa, é reverenciadas pela prole.

Sílvia Bessa
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Sobre o Projeto

Histórias de vida e superação. Mulheres protagonistas na família e na sociedade. O retrato do povo brasileiro: afetuoso e capaz de ressignificar suas vivências em atos de coragem, mas sem perder a ternura e a delicadeza. O projeto Retratos de Mãe, de Andréa Leal, traz a fotografia como instrumento de valorização e mudança social. Dezoito personagens reais dos artigos da jornalista pernambucana Sílvia Bessa, com curadoria de Simone Silvério. Um convite à emoção e uma homenagem às mulheres e mães do Brasil. O projeto deu fruto a uma exposição com acessibilidade e interação, onde, por meio um aplicativo de realidade aumentada, diante de cada retrato o visitante assiste a um vídeo com o depoimento da própria personagem contando sua trajetória. A mostra tem o apoio de Fujifilm , Magipix, Viacolor e Virtual Produções.

Com 20 anos de profissão e figurando entre as profissionais mais destacadas do Brasil, considerada em 2010 um dos 15 repórteres mais premiados do país de acordo com ranking histórico elaborado pelo site especializado Jornalistas&Cia, de São Paulo, Sílvia no início deste ano de 2018, figurou como a segunda jornalista a ganhar mais honrarias em todo o Nordeste. Aos 42 anos, soma mais de vinte prêmios jornalísticos internacionais e nacionais, entre os quais três prêmios Esso e de quatro e prêmios Embratel. Depois de atuar por mais de 10 anos como repórter política, deu uma guinada na sua carreira. Com a primeira filha Anaís pulsando no seu ventre, descobriu que ser mãe é também resistir. Viveu a chegada e a partida da primogênita no mesmo momento. A bebê tinha a Síndrome de Edwards, acaso genético com impactos neurológicos graves e viveu por 111 dias. “Eu só queria ser uma mãe com dignidade”. Jornalista, voltou à redação determinada a ouvir e escrever sobre mulheres e mães. Foi premiada dois anos depois com a gestação das gêmeas Anita e Pilar.

O projeto, transformado em exposição lançada no Recife e em cartaz em São Paulo, é pano de fundo para a aparição dessas mulheres fortes, com uma história pra contar. Conheça algumas delas: Depois de passar oito horas em poder de sequestradores ao lado da filha criança, Beth largou a profissão e se transformou em contadora de histórias, com a missão de dar atenção e afastar crianças carentes da criminalidade. Afastada do sonho de ser professora pelo machismo do pai e do marido, Rosa fez concurso público às escondidas com a "conivência" dos filhos, entrou numa sala de aula pela primeira vez aos 55 anos e hoje ensina as crianças a dizer não à opressão e ao preconceito, falando de autoestima e valorização do negro a crianças da rede pública de ensino e suas famílias. Com uma situação financeira estável, Áurea já trabalhava como voluntária quando Pernambuco foi atingido pelo surto de microcefalia. Ela começou frequentando hospitais para dar apoio às mães e hoje se dedica a projetos que as integre ao mercado de trabalho, ensinando a fazer e vender bijouterias e doces. Aos finais de semana, leva os bebês raros para sua casa, faz campanhas para arrecadar fraldas, remédios e alimentos e é tida como um anjo da guarda para as famílias. Na criação da filha e na vida, Beca é incansável na valorização de mulheres e das negras e na não-romantização da maternagem. Daniele teve um filho com microcefalia e foi uma das primeiras mães a expor o caso, dar entrevistas, alertar e pedir ajuda para seus filhos e os outros bebês que também nasceram com a Síndrome Congênita do Vírus Zika.

andrea

Sobre a Fotógrafa Andréa Leal

silvia

Sobre a Jornalista Sílvia Bessa

simone

Sobre a Curadora Simone Silvério

Ana Branco

Sabia que coração de mãe é terra que nem todos pisam. Ana, então, usou o arado para ajudar a quem precisava. Emprestava os ouvidos às famílias com crianças e adolescentes em tratamento de câncer. Dividia conhecimentos adquiridos ao cuidar da filha Natália, filha especial e conhecida no Recife como uma paciente “lendária”. Ana não é resignação. É mãe-determinação. Mãe de Rafaela, de Natália, avó (e imagina ser mãe) das gêmeas Maria e Beatriz.

Áurea Negromonte

Entre mães de bebês com microcefalia, há quem creia que Áurea é um anjo da guarda que circula – falante – por aí. Tem as que a consideram madrinha da coletividade, aquela que cuida, socorre e dá carinho quando tem menino doente. Voluntária, Áurea começou frequentando hospitais para dar apoio às mães. Hoje se dedica a projetos que as integre ao mercado de trabalho. É mãe de Mariana e Guilherme e de dezenas de bebês chamados por ela de raros.

Beca Nascimento

Ao abrir os olhinhos da ingenuidade dos porquês, Ester resolveu perguntar a ausência de bonecas negras no comércio. A mãe Beca juntou economias para realizar o sonho de Ester. Não achou a boneca da propaganda. “Só sei que está errado, filha”. Em redes sociais, tem sido incansável na valorização de mulheres e das negras e na não-romantização da maternagem. “As mulheres precisam se valorizarem e se ajudarem”.

Beth Queiroz

Um sequestro relâmpago mudou a vida da técnica de enfermagem UTIs Neonatal Beth Queiroz. Ela e a filha passaram oito horas com os sequestradores. “A partir dali, sabia que precisava dar mais atenção à minha filha”. Incrível foi o olhar maternal dela diante da violência. “O coração da gente não pode se impregnar do mal”. Beth cursou pedagogia, virou contadora de histórias voluntária de crianças ao lado de Bia.

Brenda Coelho

A chegada de Anabel, uma bebê que nasceu com limitações, foi para esta mãe um desabrochar ensolarado. Ninguém sorri melhor que Brenda e compreende tão bem seu papel em cada dificuldade ou grandes conquistas vividas ao lado de sua menina. Com leveza, Brenda consegue ser mãe e mulher e atribui a Anabel a aproximação que estabeleceu com sua mãe. São três mulheres envolvidas pelo amor maternal.

Daniele Santos

É a mãe dos novos tempos, preocupada com os outros. Em 2015, teve Juan Pedro, diagnosticado com microcefalia após a epidemia do Zika Vírus. Sempre sorridente e serena, tornou-se comum ver Daniele concedendo entrevistas para veículos do Brasil e do exterior, devassando sua intimidade. “Esta não é uma causa só minha, por isso procuro ajudar no que posso”. Daniele é mãe de Juan e de Jennipher.

Daniella Brito

Uma mãe de muitos filhos. Madrasta que virou mãe da filha do ex-marido, órfã desde pequena que preferiu ficar no Recife com a família Brito a voltar para São Paulo quando o casal foi desfeito. Mãe de um filho que pariu, e, por afinidade, dos filhos do atual marido. “Sou mãe dos meus, dos seus e dos nossos”. Espécie de mãe da coletividade, que sabe acolher com amor, humor e que prega o respeito.

Dôra Santiago

A gestação do filho Osmarzinho, para Dôra, “foi um milagre” que ela afirma comemorar até hoje. Ela estava cansada de sofrer preconceito de vizinhos, parentes e amigos pela sua magreza na zona rural do interior de Pernambuco, onde morava. Falavam de Aids, de bulimia, anorexia. A possibilidade de gravidez era remota. Após ser notícia em jornal, despertou a paixão de um policial. Engravidou e se dedica ao filho celebrando o presente todo dia.

Jakyele Afonso

Em uma rua na zona Sul do Recife, tinha uma mãe humilde aflita para doar uma bebê. “A senhora não pode ficar com ela?”, perguntou à desconhecida Maria José, a Jô, que saíra para buscar uma filha na aula de piano. Jackyele é a bebê de três meses que dona Jô ganhou de presente. “O gesto de minha mãe biológica foi de amor”. Nunca mais a viu. Fez-se mulher com este olhar maternal de Jô. “Devo tudo a ela. Mamãe é a minha grande paixão”. Hoje Jakyele é mãe de Davi.

Libânia Medeiros

Ao falar dos bebês nascidos pelas suas mãos, Libânia prefere usar o verbo “receber”. Parteira e referência na Zona Norte do Recife, o conjunto de letras dá amplitude a um significado. “Receber” no contexto de Libânia é pegar bebês nos partos; é ouvir alguém tocar a campainha do seu conhecido portão às 2 horas, ela se dispor a pegar na mão de uma parturiente e dizer “calma, vai dar tudo certo”. Dona Libânia tem centenas de filhos, três filhos do seu ventre e um “do coração”.

Luciana Martins

Casada, houve dias que a cobrança da sociedade a fez se sentir menos mulher por não engravidar. Buscou, então, um especialista para ajudá-la. “Vamos contar?”, disse o médico em um exame. “Um, dois…”. Luciana tornou-se mãe de trigêmeos – Guilherme, Maria Clara e Maria Tereza. Nasceram no dia de Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro. Por dois meses, enfrentou uma UTI mas só saiu com os três nos braços. “Fui abençoada. Tenho três filhos únicos”.

Maria Alves Cândido

Um dia, ela e os irmãos viram-se órfãos de uma mãe viva, que os deixou. Cresceu com o colo da avó paterna e do pai. Mas o dom de zelar e acarinhar nasceu com dona Maria, conhecida como Nenzinha. Tem orgulho de dizer que virou babá aos 12 anos. “Nasci para isso. Para mim, de sangue ou não, é como se fossem meus netos”. Alimentou crianças de parentes e de vizinhos. Dona Nenzinha educou seus cinco filhos com a bravura do trabalho e o calor do abraço. Viu um, Flávio, morto.

Maria de Lourdes dos Santos

Casada, houve dias que a cobrança da sociedade a fez se sentir menos mulher por não engravidar. Buscou, então, um especialista para ajudá-la. “Vamos contar?”, disse o médico em um exame. “Um, dois…”. Luciana tornou-se mãe de trigêmeos – Guilherme, Maria Clara e Maria Tereza. Nasceram no dia de Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro. Por dois meses, enfrentou uma UTI mas só saiu com os três nos braços. “Fui abençoada. Tenho três filhos únicos”.

Monique Cabral

Ela acha que o filho é um pequeno herói. Veio para salvá-la. Crescido, Francisco dará sua versão. Saberá que a mãe teve coragem para enfrentar o périplo e mantê-lo vivo, enquanto equipes de especialistas analisavam protocolos do Brasil e do exterior e decidiam por fazer a inusitada primeira cirurgia de retirada do rim de uma gestante em virtude de um câncer. “Em momento nenhum pensei em desistir dele.” Monique é mãe de um anjo, Letícia, que se foi e de Francisco.

Patrícia Pontual

Desde menina, a única certeza que Patrícia tinha na vida era esta: a de querer ser mãe um dia. Estava com 17 semanas de gestação, comemorava o sonho quando foi surpreendida por um diagnóstico: “Seu bebê tem anencefalia”. Foi dela a decisão: “Não quero que mexam no meu menininho”. Ele morreu pouco após nascer. Para Patrícia, a história do filho Davi não foi de dor. “Foi de amor”. Mãe coragem, diz que tem três filhos: Daniel, Maria Luiza e o anjo Davi.

Rosa Maria da Fonseca

Aos 55 anos, resolveu prestar vestibular para pedagogia, como sempre quis. Era cerceada pelo machismo até então. No dia que pisou numa sala de aula como professora diz ter feito um juramento. “Vou ensinar a essas crianças a darem um sim para elas próprias”. Enquanto dá lições de leitura, Rosa ensina sobretudo autoestima, autovalorização da pele negra para crianças e respectivas mães da rede pública. Tem três filhos adultos – Patrícia, Renato e Nathália.

Severina Barros

Aos domingos, faz questão de reunir filhos e netos para comer sua tradicional galinha de capoeira. Aos 80 anos e ativa, é reverenciadas pela prole. “Eu fazia questão que estudassem”. Severina era dura na cobrança, na esperança de dar a eles tranquilidade no futuro. Enfrentaram enchentes sucessivas, ficaram sem ter o que comer, mas ontem e hoje ela foi e é firme como uma rocha.

Sílvia Bessa

Com a primeira filha Anaís pulsando no seu ventre, descobriu que ser mãe é também resistir. Viveu a chegada e a partida de Anaís no mesmo momento. A bebê tinha uma Síndrome de Ewards, acaso genético com impactos neurológicos graves, e viveu 111 dias. "Eu só queria ser uma mãe com dignidade". Jornalista, voltou à redação determinada a ouvir e escrever sobre mulheres e mães. Foi premiada dois anos depois com a gestação das gêmeas Anita e Pilar.

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